Texto: Js 6.2
Os Três Grandes Desafios Para Adentrar em Canaã.
São eles:
1. Desafio – A Travessia do Jordão
Rio Jordão, do hebraico ירדן נהר nahar Yarden e do grego Ιορδανης;
Jordão = “aquele que desce”
O rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma distância de aproximadamente 320 km (200 milhas) e 30 m de largura variando entre 1 a 4 m de profundidade.
Quando deságua no mar morto, o Rio Jordão está a 390 a 400 m abaixo do nível do mar.
As águas do Rio Jordão são inavegáveis. O Rio Jordão é o rio com o maior declínio da Terra.
Vejamos o que diz a bíblia acerca deste assunto: Js 3.16 “Pararam-se as águas que vinham de cima;
levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que está da banda de Sartã;
e as que desciam ao mar das Campinas, que é o mar Salgado faltavam de todo e separaram-se;
então, passou o povo defronte de Jericó.
Acontecimentos como estes não podem ser chamados de milagres, pois contrariam as leis naturais.
A este fato, chamamos de MARAVILHA!
A palavra “maravilha” no hebraico é מופת mowpheth ou מפת mopheth.
Etimologias:
1) maravilha, sinal, milagre, prodígio
1a) maravilha (como uma demonstração especial do poder de Deus)
1b) sinal, símbolo (de evento futuro).
2. Desafio: O Preparo Espiritual
3 Passos Fundamentais para a Conquista
I - A escolha de Gilgal como acampamento para reunirem-se.
Gilgal transformou-se no quartel general de Israel pós travessia do rio Jordão.
A palavra “Gilgal” em hebraico é גלגל Guil Gâl.
Etimologia: “circulo, roda de pedras”.
Gilgal simboliza a igreja local, o quartel general de Deus na Terra.
Neste quartel general se encontra o Paiol de Deus e as munições do crente. – Ef 6.10, 11
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do poder dEle”. Vs 10.
*Neste versículo, a palavra poder, em grego é iscuoV - ischyos.
Etimologia: Poder constituído da força de um exército.
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus”. Vs 11.
*A expressão “toda a armadura” em grego é panoplian - panoplian.
Etimologia: armadura completa; toda armadura.
Obs.: Entre os gregos, a panoplian era o equipamento usado pela infantaria fortemente armada.
II - A Circuncisão
A Expressão “aliança da circuncisão” vem do hebraico B’rit milá.
Milá vem do hebraico מול muwl e significa:
1) circuncidar, deixar-se ser circuncidado, cortar, cortar fora
1a) circuncidar
1b) ser circuncidado, circuncidar-se
1c) levar a ser circuncidado
1d) ser cortado fora
1e) cortar
Um hebreu só era reconhecido por Deus como hebreu verdadeiro se fosse circuncidado.
Toda aquela geração que atravessou o Jordão estava sem circuncidar-se.
Da mesma forma o crente só é reconhecido como filho de Deus se nascer de novo
(cortar fora a carne, o pecado, os vícios).
II - A Páscoa
Essa era a terceira vez que o povo de Israel celebrava a Pácoa. A primeira foi em Gozem antes de saírem do Egito;
a segunda foi ao pé do monte Sinai um ano depois.
O povo de Deus estava a exatamente trinta e nove anos sem celebrar uma Páscoa.
Durante toda sua jornada pelo deserto, Israel não celebrou nem uma Páscoa se quer. Além de incircuncisos, sem comunhão!
A Páscoa está para eles assim como a santa ceia está para nós.
3. Desafio: A Conquista da fortaleza de Jericó
Ιεριχω Ierichó de origem hebraica יריחו
Jericó = “lugar de fragrância”
Notável cidade, onde abundavam o bálsamo, mel, cedro, mirobálano, rosas, e outros produtos aromáticos. Estava próxima da margem norte do Mar Morto, na tribo de Benjamim, entre Jerusalém e o Rio Jordão. uma cidade a 8 km (5 milhas) oeste do Jordão
Jericó possuia muralhas acima dos 10 m de altura e 5 a 6 m de largura com uma área total medindo 32 km2.
A cidade de Jericó possuía status de monarquia. Js 6.2
“Entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes”.
O número de Deus para derrubar Jericó:
7 Sacerdotes;
7 trombetas de chifre de carneiro;
7 Dias;
7 voltas no último dia.
Os 4 Pelotões em Torno de Jericó
1º Os guerreiros armados – O povo da vanguarda.
2º Os 7 sacerdotes tocando trombetas de chifres de carneiro.
A trombeta: A Palavra de Deus
O chifre: O Poder da Palavra de Deus
O carneiro: Representa Jesus na trombeta
Trombetas de chifres de carneiro: A pregação e o ensino da palavra de Deus com Poder!
Obs.: Este pelotão dá sustentação ao 3º pelotão.
3º A Arca da aliança conduzida por 4 levitas.
Levitas: símbolo de cooperadores. Obs.: ‘A Glória de Deus não é privilégio de medalhões!’
4º O Pelotão da Retaguarda
Os guerreiros da retaguarda fazem parte do plano de Deus para derrubar muralhas. Eles também “gritaram”.
O último batalhão representa os guerreiros que não aparecem. São as colunas.
Epílogo
Depois de caminhar cerca de 8 km, rodear uma cidade de 32 km2 e fazer novamente o mesmo percurso de 8 km na volta ao acampamento por sete dias, sendo que no sétimo dia teriam que rodear a cidade de Jericó sete vezes (32km2 x 7),
no fim de tudo isso ainda teriam os filhos de Israel fôlego para tocarem as trombetas e gritarem?
Certamente, Deus nos dá força necessária na hora da batalha.
“Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”
A Teologia do Obreiro
Teologia do Obreiro trata-se de um compêndio de informações morais e, sobretudo, espirituais, pertinentes à vida prática do obreiro do Senhor Jesus, um servo do Salvador, segundo as Escrituras Sagradas, diferenciado, face à sua profunda responsabilidade nos domínios do aprisco do Senhor, na terra.
Não trata-se, portanto, de uma regra básica para disciplinar obreiros de Cristo. Absolutamente, não! Também não identifica-se como um amontoado de doutrinas escritas a esmo ou invalidadas por uma Igreja local moderna, incapaz de ajustar-se ao que de mais sagrado a Bíblia determina para os reais filhos de Deus, envergonhados e sofridos diante da invasão do indiferentismo espiritual, moral, religioso, etc. Leiamos e estudemos, pois, Teologia do Obreiro .
O Vocábulo Obreiro
2 Tm 2:15
O vocábulo obreiro, procede dos principais idiomas que circundam a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus na Nova Aliança. Por exemplo:
No latim, o termo “obreiro” é operariu e significa: operário, trabalhador.
No grego, idioma oficial da Bíblia Sagrada no Novo Testamento, o termo “obreiro”, é: εργατην - ergatin [ou ergatís], significa:
· “operário de campo”: Um trabalhador braçal numa lavoura.
· “ceifeiro”: Uma pessoa que ceifa, isto é, usa a foice numa colheita.
· “trabalhador”: Aquele que trabalha como operário, um batalhador.
Outras riquezas etimológicas
de ergatin :
“Aquele que trabalha” – “aquele que obra
”. O termo obrar procede do grego ενεрγέω - energéo. Significa: “ser ativo, operativo numa obra”.
Obra, no grego, é εργον - ergon. Significa: “Efeito do trabalho ou da ação”
– “Aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim” – “Atividade coordenada, de caráter físico e, ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento” – “Tarefa para ser cumprida; serviço” – “Obrigação, responsabilidade”.
Do ponto de vista simples,
o “obreiro”
é um servo de Deus
O termo “servo”,
do grego δουλοϚ - vulos, é:
“um escravo doméstico”
Outras etimologias: “viver em escravidão”
– “sujeição sem a idéia de escravidão humana” – “aquele que se dá à vontade de outrem” “escravizar, trazer em escravidão”.
Aprendamos:
“...o cristão é um ex-escravo
resgatado por Jesus”: 2 Pd 2:1.
O grego do Novo Testamento usa os seguintes termos para identificar a palavra “resgatar”:
εξαγοράζω = eksagorázo à Significa: “redenção”.
Etimologia: “comprar para fora”.
Nota: Jesus comprou-nos para conduzir-nos à liberdade fora dos domínios satânicos e mundanos. Ele trouxe-nos para fora.
A palavra grega para a Igreja de Jesus, inclusive, é:
εκκλησία = eklisía –
Etimologicamente, significa: “ajuntamento de povo”, “congregação”, “Uma assembléia de chamados para fora”. O servo é um crente fiel que saiu dos domínios da escravatura do pecado para a Igreja de Cristo.
λυτρόω = lytró É outra palavra grega do Novo Testamento para a expressão: “redenção”.
Etimologia: “libertar pagando o preço de resgate”.
Nota: O pagamento do resgate dos servos foi efetuado pelo Filho
ao Pai , e não a Satanás.
Um terceiro termo grego para redenção, é: απολὑτρωσιϚ = apolýtrosis.
Etimologia: “libertação por resgate”.
Nota: A libertação dos servos que estão na Igreja deu-se mediante um grande resgate moral e espiritual. Pelo poder do sangue de Jesus, servos do pecado foram resgatados dos domínios do Diabo, através do Espírito Santo, na instrumentabilidade da Igreja.
O crente foi resgatado de um mercado de escravos espirituais.
A carta de alforria do cristão foi assinada pelo Senhor Jesus.
Carta de Alforria
(επιστολή χειραφέτησης) é:
· Liberdade concedida ao escravo.
· Libertação de qualquer jugo ou domínio.
1º Os servos de Jesus são escravos domésticos. Jó 15:14-15. Ef 2:19
2º Escravos domésticos vivem dentro da residência de seu senhorio.
3º O Senhorio do crente é divino.
4º A Residência do Senhorio é a Igreja de Jesus.
PEDRO, antes de Pentecostes, era “servo prático” do Senhor Jesus. Unicamente, prático. Um crente sempre disposto, motivado, atento a tudo e a todos. Porém, Pedro não era espiritual. Mesmo tendo o Filho de Deus sempre por perto, dormindo no mesmo local do Salvador, alimentando-se na mesma casa, sentando-se à mesma mesa com o Salvador, Pedro, jamais, durante todo o período de vida física de Jesus na terra, deu mostras de um homem espiritual. Nunca! Após Pentecostes, aleluia, Pedro manifestou-se como “servo espiritual prático” do Senhor Jesus. A Igreja em Atos dos Apóstolos, comunidade cristã de Pedro, ensina que, Pentecostes, carimba, autentica a experiência dos servos de Deus, manifestando-os como servos práticos e espirituais. Pentecostes é sinônimo de Batismo com o Espírito Santo e suas conseqüências.
No Velho Testamento, os principais termos hebraicos que identificam o “obreiro”, é:
mal’ãk (anjo) = mensageiro, representante.
Os “levitas, servos do Senhor no Templo de Zorobabel” atendiam pelo hb nethiyniym (servidores do templo).
Esd 8:17
Enviei-os a Ido, chefe em Casifia, e lhes dei expressamente as palavras que deveriam dizer a Ido e aos servidores do templo, seus irmãos, em Casifia, para nos trazerem ministros para a casa do nosso Deus
Hb transliterado: vâ'otsi'âh [vâ]['atsavveh] 'othâm `al-'iddo hâro'sh bekhâsiphyâ'hammâqom vâ'âsiymâh bephiyhem debhâriym ledhabbêr 'el-'iddo'âchiyv hannethuniym [ha][nethiyniym] bekhâsiphyâ' hammâqomlehâbhiy'-lânu meshârethiym lebhêyth 'elohêynu
A Unção
“Uma Privacidade Divina”
1 Cr.16:22
A unção era um ato de Deus: 1 Sm.10:1.
A unção manifestava-se como privacidade íntima e santa de Deus, o Todo-Poderoso de Israel, e nunca, jamais do ungido. Face à grande intensidade santa e espiritual da unção, Deus mesmo protegia o ungido:
Davi, mesmo conhecendo a desequilíbrio moral e espiritual de Saul, respeitava e temia o poder da unção divina sobre o rei de Israel: 1 Sm.24:6 e 10. 26:9.
Após o azeite da santa unção ser fartamente derramado sobre a cabeça do escolhido de Deus, untando não somente os cabelos da cabeça, mas descendo até aos pés do ungido, DEUS MESMO DELEGAVA-LHE PODERES ESPECIAIS DIVINOS PARA AGIR EM NOME DO CÉU. Esse homem tornava-se intocável, ou seja, somente Deus podia tocar-lhe. 1 Sm.26:9 e 16. 2 Sm.1:14. 19:21. Salmo 105:15. Etc.
Texto bíblico: Levítico 10:7ab. “Nem saireis da porta da tenda da congregação, PARA que não morrais; PORQUE ESTÁ SOBRE VÓS O AZEITE DA UNÇÃO DO SENHOR”.
A UNÇÃO